O complexo de ser caipira surgiu, lá nos primórdios da
colonização brasileira. Os jesuítas criaram uma língua escrita e falada – o
nheengatu - para facilitar a comunicação com os índios, que em sua maioria
falava tupi. A elite branca, desde então, sempre subestimou esse “falar diferente”
e gerou a sensação de que a cultura caipira era menor. O caboclo passou a ser
visto como indolente, e a contribuição disso, foi dada pelo escritor Monteiro
Lobato que “estigmatizou o caipira e depois se redimiu”.
Uma das características do nheengatu, é que o “faze”, “fala”
não tem o R no final. “Isso é coisa do tupi, que também não tinha o L e nem o
LH. Por isso o caipira fala “muié”. Além do nheengatu (língua falada na cidade
de São Gabriel da Cachoeira, à margem do Rio Negro, no Amazonas), foi oficializada
mais duas línguas do município: Baniwa e Tukano. “Se você é de São Gabriel e
for ao banco, alguém tem que te atender em tukano, por exemplo.
Outra característica do caipira é a religiosidade, pois ao
mesmo tempo em que ele é católico, incorporou elementos do Tupi. O saci foi
criado para dar adrenalina a própria vida pacata do caipira.
Comentários
Postar um comentário