Giralua Companhia de Artes

Imagem: Clara Luz Ao longo da trajetória da Giralua Companhia de Artes, o artista plástico Alessandro Brandão construiu uma infinidade de bonecos, elementos cênicos e cenários para compor os espetáculos do grupo. Essa exposição apresenta uma seleção do acervo, juntamente, com registros e imagens. São bonecos, objetos cênicos, composições cenográficas e fotos da trajetória da Giralua Companhia de Artes perfazem a exposição na cidade de Bauru, onde o grupo iniciou sua trajetória. Brandão sente identificação com Artaud, pela forma como ele coloca a relevância do elemento cênico. "Não é a busca da proporção realista, por exemplo, uma pedra, um índio gigante, uma árvore que cresce na proporção, na representação da cor , na forma, textura. É dado ao objeto cênico algo a mais do que a realidade proporciona, isso é o artístico, a busca da harmonia, segundo o ponto de vista do artista que está criando. O artista é ativo na criação, a criação também é ativa, vai se transformando&

O contador de histórias é uma figura ancestral, presente no imaginário de inúmeras gerações ao longo da história. Em um universo sem recursos midiáticos, o contador era imprescindível para a formação das crianças, através das narrativas de histórias, ‘causos’, mitos, lendas. A protagonista da Giralua Companhia de Artes, Val de Castro, na contação de história - A Rainha do Jardim O contador de histórias ajudava as pessoas a entenderem melhor o que se passava a sua volta, a enfrentar os dilemas e confrontos de natureza social e individual, extraindo das experiências o aprendizado mais profundo. O contador está presente na era medieval, nos castelos tantas vezes sombrios, nas moradas mais remotas, nos povoados disseminados pelas áreas rurais, com o objetivo de compartilhar suas vivências e gerar em torno de um grupo magnetizado por suas histórias uma proteção gerada pelo próprio encanto do momento e pela força do coletivo. As narrativas eram tecidas pela voz mágica do c

A Giralua Companhia de Artes, como estudiosa da arte de contar histórias e profissional das áreas das artes cênicas e artes visuais realiza diversas  atuações junto a diferentes equipamentos culturais que se prestam a difusão e divulgação da literatura em diálogo com outras linguagens da arte, através de eventos culturais e literários na capital e interior paulista.  Intervenção Poética Pausar, no 19° COLE, Parada Literária na Praça Rui Barbosa, Campinas. Em Uma História da Leitura - livro que permeia a atuação da Giralua no Projeto Lumeia - escrito por Carlos Alberto Manguel, encontram-se fragmentos de experiências de todo tipo de leitor: o encantamento com o aprendizado da leitura, a leitura compulsiva de tudo (livrinhos de escola, cartazes de rua, rótulos de remédio), o prazer de acompanhar a multiplicação dos significados de uma palavra, de descobrir o final da história. Ao narrar as conformações da leitura em diferentes épocas - com histórias como a do grão-

Durante muito tempo o ato de contar histórias nas escolas era tido como uma forma de entreter, distrair e relaxar as crianças. Foi só no século XXI que ressurgiu a figura do Contador de Histórias.  A atriz Val de Castro em uma contação de história do folclore brasileiro Sua importância no âmbito educacional e emocional das crianças, com presença certa em bibliotecas, feiras de livros, livrarias e escolas é fundamental para a formação do leitor. Esse costume popular pertencente à tradição oral, resgatado pela educação como estratégia para o desenvolvimento da linguagem oral e escrita, passa pela atividade inicial do escutar e do recontar. Na antiguidade a narração oral de histórias era vista sob um olhar inferior à escrita. Apesar disso, os povos se reuniam ao redor da fogueira e contavam suas lendas e contos, disseminando a sua cultura e os seus costumes; reunir-se para ouvir histórias era uma atividade dos simplórios, isto explica por que durante tanto tempo esta

O trabalho da Giralua Companhia de Artes é inspirado no pensamento de Antônio Candido, o mais importante crítico literário brasileiro vivo. Alessandro Brandão, o criador dos bonecos da companhia, que dão vida aos textos encenados. Esse estudioso, professor universitário, escritor, sociólogo e ensaísta, constata que a literatura é a manifestação universal de todos os tempos. Não há homem que possa viver sem ela, isto é, sem a possibilidade de entrar em contato com alguma espécie de fabulação. A literatura está presente em cada um de nós, na forma do alfabeto ou erudito, como anedota, causo, história em quadrinhos, noticiário policial, canção popular, moda de viola, samba carnavalesco. Ela se manifesta desde o devaneio amoroso ou econômico no ônibus até a atenção fixada na novela de televisão ou na leitura seguida de um romance. Ora, se ninguém pode passar vinte e quatro horas sem mergulhar no universo da ficção e da poesia, a literatura concebida no sentido amplo a qu

Completando 15 anos, o grupo teatral criado por Alessandro Brandão e Val de Castro caminha agregando diversos artistas convidados, alia arte e educação perfazendo uma estética própria.  Na linguagem dos contadores de histórias e teatro de bonecos a Giralua Companhia de Artes soma o teatro, as artes plásticas, música e literatura. O grupo desenvolve projetos artísticos nos gêneros do teatro Infanto-juvenil, intervenções cênicas e literárias, leituras encenadas, contações de histórias, instalações cenográficas e oficinas arte-educativas.  A trajetória da Giralua Companhia de Artes soma uma dezena de montagens teatrais autorais além das adaptações literárias para o palco. Os artistas, dedicados ao trabalho laborioso, seguem vivenciando múltiplas e diversas experiências que integram linguagens artísticas, se valendo de narração de histórias, manipulação de bonecos e objetos cênicos, dando ênfase as artes visuais na construção cenográfica e à criação de composições musicais própria

Ao longo da trajetória da Giralua Companhia de Artes o artista plástico Alessandro Brandão construiu uma infinidade de bonecos, elementos cênicos e cenários para compor os espetáculos do grupo. Essa exposição apresenta uma seleção do acervo, juntamente, com registros e imagens. Bonecos, objetos cênicos, composições cenográficas e fotos da trajetória da Giralua Companhia de Artes perfazem a exposição na cidade de Bauru, onde o grupo iniciou sua trajetória. A técnica utilizada por Brandão segue a Assemblagem, onde se utiliza, predominantemente, tecido, papel, massas, tinta, armações. A obra recebe a forma física aglutinando os elementos mais diversos. Na integração das diversas linguagens, as artes cênicas se valem das artes plásticas, e ambas aglutinam a partir da linguagem literária. Nas montagens, a dramaturgia é criada pelo grupo e ou adaptação de obras literárias e, nesta dinâmica muita coisa vai se transformando.  “Na cena teatral o momento do aparecimento d